Louvem ao Senhor





Louvem ao Senhor pela Sua bondade e pelas Suas maravilhas para com os filhos dos homens. Sal. 107:8.

Destinamo-nos ao Céu, e cumpre-nos mostrar o aspecto atrativo de nossa fé. Não devemos marchar como um estropiado bando de queixosos, gemendo e se lamentando pelo caminho para a casa de nosso Pai. 

Os professos cristãos que se estão constantemente queixando, que parecem pensar que a felicidade e uma fisionomia contente é pecado, não possuem os verdadeiros atributos da religião. 

Os que olham os belos cenários da natureza como se o fizessem a um quadro morto; que preferem atentar para as folhas secas de preferência a colher as belas flores; que encontram um melancólico prazer em tudo quanto há de tristonho na linguagem em que lhes fala o mundo natural; que não vêem beleza nos vales revestidos de vivo verdor, nas elevadas montanhas envoltas em verde; que cerram os sentidos à jubilosa voz que lhes fala da natureza, a qual é doce e melodiosa ao ouvido atento – essas pessoas não estão em Cristo.

Imaginemos que mudeis essa ordem de coisas, e que comeceis de hoje. … Imaginemos que conteis todas as vossas bênçãos. Tão pouco nelas tendes pensado, e elas têm sido tão contínuas que, ao sobrevirem revezes ou aflições, ficais ofendidos, e achais que Deus é injusto. Não vos ocorre à lembrança quão pouco reconhecimento tendes manifestado por todas as bênçãos de Deus. 

Não as tendes merecido; mas como têm fluído sobre vós dia a dia, ano a ano, vós as tendes considerado coisa natural, julgando que tínheis o direito de receber todas as vantagens, sem nada oferecer em troca. … 
As bênçãos de Deus são mais que os cabelos de nossa cabeça, mais que as areias da praia. Meditai em Seu amor e cuidado por nós, e inspire-vos isto aquele amor que as provações não podem interromper nem as aflições extinguir.

Se tão-somente nos fosse dado ver os muitos perigos de que somos diariamente guardados pelos santos anjos, em vez de queixar-nos de nossas provas e infortúnios, falaríamos sem cessar das misericórdias de Deus.