A Fé do Cego Bartimeu





E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. Mar. 10:51.


Unicamente quando o pecador sente a necessidade de um Salvador, é que seu coração se dilata em busca dAquele que o pode ajudar. 

Quando Jesus andava entre os homens, eram os doentes que queriam um médico. Os pobres, os afligidos e opressos, seguiam após Ele, para receberem o auxílio, o conforto que não podiam encontrar em parte alguma. O cego Bartimeu espera à beira da estrada; por muito tempo tem ele aguardado o momento de ver a Cristo.

Multidões dotadas do dom da vista, passam para lá e para cá, mas não sentem o desejo de ver a Jesus. Um olhar de fé Lhe tocaria o amorável coração, trazendo-lhes o benefício de Sua graça; mas ignoram a enfermidade e pobreza de sua vida, e não sentem necessidade de Cristo. 

O mesmo não acontecia com o pobre cego. Sua única esperança se concentrava em Cristo. Enquanto espera e vigia, ouve passos e indaga ansiosamente: Que ruído é esse que ouço de gente que passa? E os circunstantes respondem: “É Jesus de Nazaré que passa.” Com a veemência de intenso desejo, ele exclama: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Mar. 10:47. Eles procuraram fazê-lo calar, porém ele clamava ainda com mais veemência: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Mar. 10:48. Este apelo foi ouvido. 

Recompensada sua fé perseverante. Não somente foi restaurada a vista física, mas foram-lhe abertos os olhos do entendimento. Vê em Cristo o Redentor, e o Sol da justiça brilha em sua vida. Todos quantos sentem a própria necessidade de Cristo como o cego Bartimeu, e são tão sinceros e decididos como ele foi, hão de, como ele, receber a bênção que anseiam.

Os sofredores e aflitos que buscavam a Cristo como seu ajudador, ficavam encantados com a divina perfeição, a beleza da santidade que lhe irradiavam do caráter.

Os que recebem a Cristo pela fé, hão de receber igualmente o poder de se tornarem filhos de Deus.