“Livra-te, como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do passarinheiro.” Provérbios 6:5
Se a presa soubesse que o caçador quer agarrá-la, nunca seria caçada. Se a avezinha percebesse que o passarinheiro quer prendê-la, fugiria para longe. Mas a arma do caçador é a astúcia. Com subtileza, aproxima-se. Chega perto sorrateiramente, e quando a vítima percebe o perigo, já é tarde. A liberdade acabou e, muitas vezes, até a vida.
“Livra-te!”, é o conselho divino. Há muitos passarinheiros que espreitam a sua vida. São pequenos hábitos que se transformam em vícios, pensamentos negativos que passam a ações, sentimentos doentios que se traduzem em atos e que acabam destruindo os valores, ideais e sonhos. Se pudesse identificá-los à primeira vista, certamente fugiria. Mas se aproximar-se inadvertidamente, não os verá como ameaça. Chegam, ocupam um lugar na sua mente, acomodam-se no seu coração, aderem ao seu corpo e sugam lentamente o que de mais precioso há em si. Quando acorda, já é tarde e está tudo destruído. Perdeu a liberdade. Não é mais dono da sua própria vida. É um escravo de sentimentos, circunstâncias e situações irreversíveis.